Certa vez eu conversava com minha amiga Mari (gente! Ela agora é Mestra!!!! Uhu!!!! Parabéns, mulher!) e me lamentando por estar sozinha. Eu estava muito assustada em ter que dar conta de mim e da minha filhota. Mas sabia que não era uma condição negociável. O fato era que eu estava separada, num estado novo, num trabalho novo e minha filha estava vindo morar comigo. Morri de medo de não conseguir... sozinha.
Quando eu me lamentava e arengava com a vida sobre a minha solidão, ela e outra amiga, Carol Line, viviam me dizendo que eu tinha que sair, conhecer gente nova e blá, blá blá... Enfim, mudar a realidade, sair do marasmo, parar de reclamar e agir. Mas eu tava meio que imobilizada...
Depois de muitas análises, chegamos a conclusão de que, na verdade, eu estava sentindo falta não apenas de um homem, mas de um companheiro. Sim, um companheiro. Aquele cara que fica do nosso lado, que dá colo, que tá ali... que cuida... ouvi... comenta... e ajuda a gente a ver os outros lados da questão...
Bem, aquela idéia que todo mundo faz de um companheiro e que segundo Aurélio significa “aquele que acompanha”.
E nesse cunversê, ficamos lá divagando sobre o tema e construindo o conceito do nosso ideal. Nesta época, eu estava muito aperreada também porque tinha que tomar várias decisões importantes sobre a minha filhota (qual a melhor escola que meu salário poderia pagar? Qual plano de saúde escolher? Etc, etc, etc...). Pra mim foi um período complicado, especialmente porque sou mãe de primeira viagem e estava longe da minha rede de apoio (e, definitivamente não tava nos planos ser mãe autônoma). Enfim, era muita coisa pra resolver e eu estava sozinha. Senti-me, por muito tempo, sozinha.
Hoje percebo que não estava tão só assim, porque fui apoiada pela Mari, pela Carol e outras tantas pessoas amigas que foram se juntando a minha vida, ouvi muitos pitacos. Graças por isso, Universo!
E falando da dificuldade que, naquele momento eu identificava como sendo a ausência do pai da minha filha, a Mari me sai com uma que percebo agora que ela estava totalmente certa. Segundo ela, o fato de estar casada ou “acompanhada” não significava nada. Não significava ter alguém com quem dialogar para poder decidir junto, não significava ter alguém compreensível e todo esse imaginário que a gente quer e precisa. Tipo: “eu tenho com quem contar caso”... Estar casada ou com alguém não assegurava nada. Não tava nada garantido.
Consegui resolver as questões da minha filha. Novas foram surgindo e sendo resolvidas. Outras estão esperando o tempo certo para serem resolvidas. Aprendi que faz parte da vida. Descobri que posso fazer isso, e outras coisas, “sozinha”. Aprendi a criar algumas estratégias e montei uma nova “rede de apoio” que me dá suporte. Isso me dá segurança.
A dificuldade agora é sair desse lugar de “segura,independente e auto-suficiente”, imagina só... A Carol diz que é isso que “espanta” os homens... kkk, eu acho super engraçado! Talvez ela esteja certa, não sei... eu entendo pouco deles...
Mas apesar de toda essa “auto-suficiência”, faz falta um companheiro com C maiúsculo. Ah! Isso faz... e acho que não é nenhuma viagem querer uma relação assim, né?
(viagem mesmo é esse troço desse mouse que fica dançando no note e me atrapalhando toda aqui. Alguém pode me explicar como se resolver isso, por gentileza???? Do jeito que eu tô, falta pouco para eu jogar esse troço pela janela....)
Imagem mãos daqui