A sexualidade é algo que acompanha o homem desde o seu nascimento. O ato de sugar o seio e o contato direto com o corpo da mãe é a primeira experiência sexual do ser humano, provando que as crianças não são seres assexuados.
No passado, as crianças e os adolescentes eram deixados de lado da discussão sobre o sexo. Hoje, garotos de 10 anos já sabem para que serve uma camisa-de-vênus. Antecipou-se a vida adulta dessa garotada e por conseqüência a sexual, mas perdeu-se de vista se eles realmente estavam preparados para isso.
A estimulação exagerada de cenas eróticas promovida pelos veículos de comunicação tem sido ponto de discussão entre pais e crianças. “A toda hora tem uma cena de sexo ou que induz ao sexo. Isso para uma criança de sete anos é complicado porque não faz parte da sua realidade. Mas ela está vendo, quer saber o que é e por que acontece aquilo. O jeito é diminuir o tempo que ela fica vendo a TV”, desabafa Maria Luíza, pedagoga e mãe de Alexandra, 7 anos.
A realidade é que as programações estão recheadas de cenas e letras maliciosas e que facilmente caem na boca das crianças. Como essa do grupo É O Tchan: “Bota a mão no joelho, e dá uma baixadinha. Vai descendo gostoso, balançando a bundinha...” Mas até que ponto esse exagero na estimulação interfere no desenvolvimento infanto-juvenil?
Para o endocrinologista Alexandre Caldas, essa é uma estimulação perigosa porque antecipa uma realidade para a qual a pessoa ainda não está preparada. Existe no organismo uma região do cérebro chamada de hipotálamo que está parada, do ponto de vista sexual. Ele está “desligado” nas meninas até os oito anos e nos meninos até os nove. Com essa estimulação o hipotálamo entra em atividade e começa a liberar os hormônios sexuais antes do tempo. “Dessa forma, há uma antecipação da puberdade”, conclui.
Bissexualidade natural - Na adolescência isso se torna ainda pior porque é perdida a noção dos limites. “É um problema ter que discutir com os jovens assuntos dessa natureza. Eles são muito novos e ainda é cedo para esses assuntos. É uma fase muito difícil”, lamenta Maria José, mãe de Diogo, 15, e Felipe, 13 anos.
Mas a quebra de tabus, em torno de temas sobre a sexualidade, promovida pelos meios de comunicação trouxe frutos valiosos. O nível de informação, oferecido nesta faixa etária, é de deixar qualquer jovem de décadas anteriores morto de inveja. “Agora não preciso ficar vendo revistas escondido. É só ligar a televisão que se aprende tudo, até a colocar a camisinha”, afirma satisfeito o estudante Wagner Santana, 17 anos.
A adolescência, no entanto, não deixou de ser aquele período conturbado na vida do ser humano, onde se contesta tudo e se vive coisas até então misteriosas. Tudo ainda agride. É nesta fase de dúvidas e incertezas que “relações com pessoas do mesmo sexo podem ocorrer, sem que isso seja determinante na futura escolha sexual” explica a médica Marilene Vargas, em seu livro Manual do Tesão e do Orgasmo.
A passagem da adolescência para a juventude promove, além de mudanças físicas, um período de intenso desenvolvimento sexual tanto para o homem quanto para a mulher. Mas isso não quer dizer que o sexo seja algo imediatamente prazeroso como se pensa. O início da vida sexual é quase sempre atribulado. “Foi complicado e para piorar tinha de ser escondido e rápido”, lamenta André Acioli, 15 anos.
Puberdade - No adolescente, a ereção é freqüente, espontânea e instantânea. A polução - eliminação involuntária de esperma - e as práticas masturbatórias ocorrem independentes de fantasias. Aos 17 anos, o jovem chega ao grau máximo de potência sexual. O tamanho do pênis varia de 8 a 22 cm , modificando significativamente aos 11, 13 e 16 anos. A ejaculação ocorre por volta dos 13 anos e 7 meses e a quantidade de esperma, na fase puberal, é de l a 3 ml, sendo num adulto 12 a 25 ml.
Na mulher, a caracterização da puberdade se dá inicialmente com a chegada da menstruação e significa que ela está fisicamente preparada para procriar. As mamas já têm uma conformação de seios, os mamilos já estão mais salientes e os pêlos pubianos presentes. Por volta dos 20 anos, ocorrem mudanças da quantidade dos hormônios luteinizantes, folículos-estimulantes, estrogênios e progesterona. Essa mudança provoca um período de maior prazer sexual para as mulheres.
Uma outra fase que é vivida satisfatoriamente pelas mulheres é o período da gravidez. Passados os primeiros três meses, onde os enjôos são constantes, as possibilidades do aborto são diminuídas. O preconceito que muitas mulheres têm do próprio corpo é superado e o prazer se torna mais intenso.
Prazer a três – Muitas mulheres percebem-se mais espontâneas para o sexo quando estão grávidas. No começo do quarto mês, os tecidos ao redor e dentro da vagina modificam-se, permanecendo assim durante toda a gravidez. Essa “ingurgitação” dos tecidos é semelhante ao que acontece durante a excitação sexual. Eles se tornam mais espessos e dilatados modificando até a sua coloração. Isto significa que a mulher está em constante estado de moderada excitação sexual.
“Eu tinha um tesão quase que incontrolável. Queria transar a toda hora”, afirma a economista Teresa Pedroza. Mas nem todos têm a “coragem” de Tereza. Muitos casais têm receio de “tocar” no bebê enquanto fazem sexo e terminam por se abster, principalmente quando se está próximo do nascimento. Outro motivo que afasta sexualmente os casais é a dificuldade natural pelo tamanho e peso da barriga, que dificulta a penetração. Nesse caso, pode-se optar pela posição onde o homem penetre a mulher por trás ou, deitada, agachada ou ajoelhada de costas para o parceiro.
O que eles não sabem é que uma relação sexual plenamente satisfatória pode contribuir para o bem-estar da gravidez. No ato sexual prazeroso, a ocitocina - hormônio que contribui para a boa tonicidade das contrações uterinas, considerado por muitos médicos como “hormônio da felicidade” - é descarregada na corrente sangüínea da mulher. Ela é importante porque contribui para a boa tonicidade das contrações uterinas, levando a um trabalho espontâneo do parto.
Para se ter uma idéia melhor, basta dizer que no momento da indução ao parto, os obstetras usam freqüentemente uma forma sintética de ocitocina, o Syntocinon, ou mesmo prostaglandina. Só que a concentração natural mais elevada de um tipo de prostaglandinas no corpo humano está no sêmen.
Fonte: Projeto Experimental de conclusão do curso de Jornalismo, pela Universidade Católica de Pernambuco, 1997, da jornalista Rosely Arantes.
Imagem daqui
Esses seus post tá de mais viuu.......Rsrsrs
ResponderExcluirCada dia um novo assunto sobre sexualidade .
Nós que acompanhamos seu blog agradecemos pelas informações ..
Bjokas!!
Ah! Que bom tem agradado.
ResponderExcluirTambém acho o material super interessante e, bem atual, apesar dele ter sido escrito há alguns anos.
Grata pela visita.
Xeros,