quinta-feira, 31 de março de 2011

Minha metamorfose ou os processos de mudanças que estou descobrindo em mim...

Ai!
O vazio ainda se faz presente. E isso é um saco! Na boa...
Fico me perguntando, incansavelmente, sobre o que isso significa. Sei que tenho motivos: to me recuperando de um colapso financeiro, estou longe da minha família, especialmente, da minha filhota (isso sim é terrível), o local onde trabalho está passando por transição (não sei realmente como fica a minha situação lá... preciso de aumento!!!!!!), estou sozinha...

Enfim, um vazio só...

A vida tá aquela rotina chata: de casa para o trabalho, do trabalho para casa... o blog tem sido minha salvação. Ufa! Ainda bem que criei coragem pra escrever...

Bem, conversando com uma amiga há alguns dias, um trecho do relato dela me chamou a atenção.  Ela descobrira uma traição do marido, mas não se separou dele. E entre tantos pensamentos que teve, eis o que chamou a minha atenção: ela o amava muito e sabia que a fidelidade não era algo que ela conseguiria com outro. E, segundo o conselho de um (outro) homem, ela poderia mudar até de pessoa, de cara e número de sapato, mas a situação seria a mesma. Porque os homens são assim mesmo...

Minha amiga não se separou, segurou a onda dela e hoje é mãe de dois filhos e está super feliz... Continua casada com o mesmo cidadão. Fico feliz por ela e, mais ainda agora depois de saber dessa história. Descobri que ela era corajosa. Aliás, relatos assim têm mudado meu conceito sobre as fêmeas. Eu cresci achando que as que mereciam admiração eram aquelas que numa situação assim, por exemplo, largavam o marido, dizendo um “não” bem redondo para o machismo e o sexismo. Hoje eu começo a descobrir que existem vários jeitos de ser fêmea que também são admiráveis. Esse é um deles. Um jeito de ter coragem pra transcender o sofrimento e correr atrás do que se quer, de ir à luta. Tô aprendendo (viu, André?!).

Bem, eu prefiro não acreditar nessa de que os homens “são assim mesmo”. Porque tratar a questão da infidelidade masculina assim, pra mim é tratá-la com uma naturalidade que não é real e que, definitivamente, não existe. Ao menos no meu entender, repito. Eu, na verdade, tenho uma resistência danada em acreditar nisso. Até porque, se formos a fundo, e não é minha intenção neste momento, nós, mulheres temos nossa parcela de responsabilidade, tanto quanto os homens, em reproduzir esse machismo e sexismo. Penso que é uma questão cultural, católica, capitalista e etc, etc, etc....

E pensando assim, me veio outro pensamento...

Às vezes eu acho que não entendo muito bem a diferença entre fidelidade e lealdade.
Acho que sempre confundi esses conceitos. E essa fala da minha amiga, de alguma forma, mexeu comigo. Por um instante eu fiquei me perguntando se era isso que tava atrapalhando a minha vida, a rigidez comigo e com o outro.

Essa coisa, quase dogmática, que a sociedade acolheu de que homem pode tudo e que as mulheres têm que aceitar, sempre incomodou- me. Acho que me neguei a aceitar isso de forma quase que religiosa. E hoje, minhas vivências me levam a crer que eu deveria/poderia ter sido mais flexível. Até porque é muita imposição, muita coisa jogada de cima e que, não necessariamente, as pessoas são desse jeito. A vida tá muito estereotipada (também, né? No país do bigbrother, queria o quê?) Percebo hoje que sempre vi a vida de forma muito maniqueísta, o certo e o errado, o bom e o ruim, o tudo ou o nada.

Vivi muita coisa boa, também já sofri à beça. Em alguns momentos fui inflexível. Noutros me abri demais e o retorno não foi o mesmo. Também cobrei demais, esperei demais. E descobri que não podemos ser assim. A minha verdade não é a verdade do outro. Ele tem a verdade dele e eu devo respeitar, como eu quero ser respeitada.

Ainda tô naquela do “não concordo, então caio fora!”. Será que esse é o melhor jeito de lidar com a vida e as pessoas? Eu to começando a achar que não.

É... parece que a palavra desse ano será a flexibilidade. que bom que a vida tem disso... a gente segue assim, se metamorfoseando....


Mudanças

Composição : Vanusa e Sérgio Sá

Hoje eu vou mudar
Vasculhar minhas gavetas
Jogar fora sentimentos
E ressentimentos tolos.

Fazer limpeza no armário
Retirar traças e teias
E angústias da minha mente
Parar de sofrer
Por coisas tão pequeninas
Deixar de ser menina
Pra ser mulher!


Hoje eu vou mudar
Por na balança a coragem
Me entregar no que acredito
Pra ser o que sou sem medo.

Dançar e cantar por hábito
E não ter cantos escuros
Pra guardar os meus segredos
Parar de dizer:

"Não tenho tempo pra vida
Que grita dentro de mim
Me libertar!"


(DECLAMANDO)
Hoje eu vou mudar
Sair de dentro de mim
E não usar somente o coração
Parar de cobrar os fracassos
Soltar os laços
E prender as amarras da razão!

Voar livre
Com todos os meus defeitos
Pra que eu possa libertar
Os meus direitos
E não cobrar dessa vida
Nem rumos e nem decisões!


Hoje eu preciso
e vou mudar
Dividir no tempo
E somar no vento
Todas as coisas
Que um dia sonhei
conquistar,

Porque sou mulher
Como qualquer uma
Com dúvidas e soluções
Com erros e acertos
Amor e desamor.

Suave como a gaivota
E ferina como a leoa
Tranqüila e pacificadora
Mas ao mesmo tempo
Irreverente e revolucionária!

Feliz e infeliz
Realista e sonhadora
Submissa por condição
Mas independente por opinião,

Porque sou mulher
Com todas as incoerências
Que fazem de nós
Um forte sexo fraco!


Imagem daqui

Um comentário:

  1. Acreditar em vc sempre este e o lema devido ao homem ter esse comportamento e hj a competitividade o faz pensar mais sobre suas relaçoes fidelidade e lealdade tem que ser igual a felicidade sua maneira de pensar e mutua o que vc quer na realidade e de um parceiro realmente que
    de uma atençao devida e na hora sexo a mulher tem que ditar as regras (tem que ter hora)...kkk por que se nao o machismo recai e o amor vai embora.

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