Olá.
Saudades de blogar, da expectativa com a aceitação ou não do que foi postado, dos comentários, do contato com vocês - pessoas queridas que agora fazem parte da minha vida...
Passado esse período momesco, desejo voltar a essa doce rotina de escrever. Não como uma obrigação, mas como algo prazeroso. Aliás, essa foi uma feliz descoberta: blogar (vixe! já virou até verbo. Que Aurélio não se contorça com tamanha ousadia!!!! Kkkkk).
Vale esclarecer que a ausência de textos não se deu por conta do período carnavalesco, que foi maravilhoso e muito rico de passeios, afetos, família, filhota e amig@s (tomara que o de vocês também tenha sido). Na verdade foi por um incidente, dias antes da festa começar de fato, posto que meu coração e o resto do corpo já estavam pulando ao som do frevo. Mas duas notícias que em muito mexeram comigo.
Minha amiga Mari tem uma frase (ela é ótima com frases de efeito!) que diz algo mais ou menos assim: “... como é que a pessoa sai dos seus ‘cuidados’ e vai infernizar a vida de outrem...” Seria até engraçado se não fosse trágico e incômodo. E foi uma situação assim que vivi e que quase me tirou o brilho no carnaval (eu disse quase, gente!!! Rsrsrs). Alguém saiu dos seus “cuidados” para me infernizar com o simples intuito de demonstrar poder (esquecendo-se que eu pouco me importo pra esse tipo de coisa, por mais fascinante que seja o danado do poder). Isso tudo apimentado por um vacilo meu... dei mole! Não darei mais, aprendi.
A bem da verdade temos esse (péssimo) hábito de sair dos nossos afazeres para aperrear a vida do outro, não é? Quantas vezes nos deparamos falando mal de alguém, desejando que algo de ruim aconteça ao outro ou coisas parecidas. Eu já! Já tive horas em que desejei que determinada pessoa sumisse do meu mapa. Já vivi muito isso, hoje me policio um bocado. Não me permito atitudes desse baixo nível.
Atitudes como estas, quando saímos do nosso mundo para perturbar a vida alheia chegam até a parecer “naturais” ao ser humano. Mas eu quero crer que não!
Prefiro crer que isso tudo é construção nossa, intermediada por esse sistema excludente em que vivemos (lembrei agora do post onde cito minha amiga Leuça e que fala mais profundamente sobre essa “teoria”). Como faço parte do time dos otimistas e esperançosos, opto por acreditar na divindade humana e que atitudes pequenas e mesquinhas são frutos de construções culturais mesmo, a la Rousseau “o homem nasce puro, a sociedade é que o corrompe”.
E durante todos esses dias eu fiquei pensando nesse episódio de intolerância e desrespeito que vivi (e que, infelizmente, não é algo exclusivo direcionado só a mim, não). O sentimento foi muito estranho. Na hora bateu a raiva, a possibilidade de descontrole, o medo. Depois, apoiada por pessoas queridas, fui serenando e botando os pés no chão pra fazer uma leitura mais racional da situação. Percebi meu vacilo. Minha própria dificuldade em lidar com essa situação, que é recorrente. E o quadro que se formou foi tão triste. A raiva passou e o que ficou foi comoção por essa pessoa. Percebi o quanto ela deve sofrer por não saber/conseguir lidar com a diferença (nesse caso eu). Da amargura, rancor e infelicidade que leva alguém a se portar assim, ocupando, sem querer, nem perceber o papel que (pode) leva(r) ao descrédito e à exposição desgastada da sua imagem.
E eu fiquei pensando em como é que nós, seres humanos capazes, inteligentes, detentores de tantos saberes e competências, que temos um discurso dito de “esquerda” nos permitimos chegar a esse nível de descontrole. O que leva uma pessoa a desrespeitar contundentemente outra, num ambiente público, portando-se de forma quase pueril, numa intenção declarada de prejudicar o outro? Vá entender de gente... eita troço difícil!!!
Desejo que nasçam mais Leonardo Boff, mais poetas Gentileza, mais Gandhi, mais Clara, mais Irmãs Dulce... mais, mais e mais.... Indiscutivelmente precisamos de mais pessoas generosas, bondosas e equilibradas... Não podemos mais viver assim, sob a égide da discórdia, do medo e da intolerância. A vida está nos provando isso.
É chegado o momento do respeito, do afeto, da solidariedade. Não nos cabe mais o descuido com o outro, a maldade e o rancor.
Aí, passado esse susto, partilhado e acalmado junto com a família e amigos próximos... Eis que me veio a confirmação de uma triste suspeita. Alguém muito próximo enveredou pelo caminho do crack... Isso sim foi um baque. Parte da alegria do meu carnaval se foi... ainda não me recuperei...
Então quando eu olho para o primeiro problema, ele fica tão pequeno diante da tragédia do segundo, que já nem é mais um problema ...
Paz para todos!
“Pega esse meu ombro
Rega, se adormecer eu sei que o sono passou a perna
Nessa distância férrea, que marcou...”
Rega, se adormecer eu sei que o sono passou a perna
Nessa distância férrea, que marcou...”
Djavan
Imagem tristeza
ih... que chato... ligue não!
ResponderExcluirDeus nos permite um pouco de treva para que descubramos a beleza da luz.
ResponderExcluirDificil e aceitar quando as coisas acontece ao nosso lado
É gente, tá meio difícil de segurar a onda... mas vamos caminhando.... acredito que tudo tem sua razão de ser...
ResponderExcluirgrata e xeros.
Esse blog, tá tudo de bommmmmmmmmmm
ResponderExcluirHum, grata.
ResponderExcluirQue bom que você tá curtindo.
Xeros,